A primeira idéia que nos surge quando pensamos em
adolescência é “transformação”. Alguns autores sublinham as transformações
corporais, a chamada puberdade marcada pelo estirão (crescimento rápido),
surgimento de pelos pubianos, mudança da voz dos meninos, aumento dos seios nas
meninas, ebulições hormonais levando à explosão da sexualidade, etc. Outros
autores frisam as transformações comportamentais, tais como uma suposta
rebeldia, um certo isolamento, um apego exagerado ao grupo, adoção de
novas formas de se vestir, falar e se
relacionas, além de episódios de depressão, tristeza e euforia. Tal metamorfose
inclui idéias megalomaníacas: crença de que pode mudar i mundo e perda de
algumas referências, com o a de seu lugar no mundo.
Acredita-se que as mudanças corporais, ao nível físico, são
relativamente universais, com algumas variações. Um exemplo disso é a
menstruação nas meninas, são de conhece cultura em que esse fato não ocorra;
podem-se variar as datas, mas nunca deixar de acontecer.
Já no nível psicológico (principalmente comportamental), há
uma vasta diferença de características no que tange às mudanças. Acredita-se
que não há nada de universal nas transformações psicológicas que variam de
cultura para cultura, de grupo para grupo e de indivíduo para indivíduo. O que
há de interessante em nossa sociedade é que, com certeza, a adolescência faz
nascer um novo referencial, é como um novo nascimento: só que agora é o “recém-nascido”
quem deve escolher o nome!
Como afirma Becker (1997)
Então, um belo dia, a lagarta inicia a construção do seu casulo. Este ser que vivia em contato íntimo com a natureza a vida exterior se fecha dentro de uma “casca”, dentro de si mesmo. E dá início à transformação que levará a um outro ser, mais livre, mais bonito (segundo algumas estéticas) e dotado de asas que lhe permitirão voar. Se a lagarta pensa e sente, também o seu pensamento e o seu sentimento se transformarão. Serão agora o pensar e o sentir de uma borboleta. Ela vai ter um outro corpo, outro astral, outro tipo de relação com o mundo.
Autor: www.psicologia.org.br
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